Sempre que vejo qualquer publicação da “Poemas à Flor da pele” e visualizo aquela dançarina bailando livre, lembro-me de um encontro em busca de artistas parceiros para a realização do concurso “Expoesia” que depois de muito empenho liderado pela Soninha Porto, acabou se realizando na Sede da Fundação Cultural do Sport Clube Internacional. Meu querido e sempre saudoso amigo Giovani Yung criou aquela que seria a marca que dispensa palavras e identifica o nome “Poemas à Flor da Pele” em qualquer canto por onde exista Poesia. Junto com ela, depois deste belo encontro também nasceu o poema que descreve e que tenho orgulho de ter feito e a honra emocionada de vê-lo premiado no concurso da “Expoesia” daquele ano (2007):
Senhores da Guerra
Senhores da guerra,
tutores da terra,
Sem ter permissão.
Quem lhes disse vá em frente,
defina os rumos da mente?
Quem passou procuração?
São livres os pensamentos!
Sem comando os sentimentos,
remédio sem prescrição.
Guerras só levam vidas,
de formas bem descabidas,
cobiças e ambição.
Campos sem flores,
seqüentes clamores,
vida atirada ao chão.
Em toda guerra, tem arma,
nem sempre credite ao karma.
Você decidiu o rumo.
Muitas vezes a palavra,
no peito uma lança crava,
tira uma vida do prumo.
Na vida a incoerência,
sufoca toda consciência,
troca por raiva o carinho.
Guerra é insanidade,
quase sempre por vaidade,
destruindo um bom caminho.
Homens, seres humanos,
Passam a ser insanos
quando aflora a divergência.
Sempre há tempo pra mudança
no sorriso da criança,
Com tato, calma e paciência
Há guerra por toda parte.
Em casa, na vida ou arte.
É mão arrochando o nó.
Mais fácil o entendimento,
afinando o pensamento,
buscando um caminho só.
1 Comentários
Que bela lembrança Ernesto! Somos eternamente gratos a Giovani, primeiramente a você, por ter tido a idéia de reunir e agregar este querido artista, do qual temos imensas saudades, e deste encontro nasceu grandes projetos, como a Expoesia e a nossa famosa bailarina.Este teu poema é simplesmente divino! é fruto de tua imensa sensibilidade! Abraços, saudades.
ResponderExcluirPOEMEM-SE SEMPRE!
SEJAM BEM-VINDOS!