"Redescobrindo minha Biblioteca", dia 09 de julho de 2020..




O pequeno livro "Vinte Poemas de Amor," de Luiz Coronel, ilustrado em grafite, que fala
de amor, sob todas as formas, é de uma delicadeza ímpar, que nos faz vibrar e viver
suas lindas figuras de linguagem.
Lembra-me do momento alegre e descontraído que vivi, na Feira do Livro de Porto Alegre,
em 2018, ao encontrá-lo na Praça da Alfândega, onde trocamos livros e, abusadamente,
autografei o meu, do Livro em Branco para ele, se mete!
Sim, uma aprendiz de poeta corre riscos, de passar seus textos para um brilhante autor, 

mas o impulso foi mais forte, tiramos fotos e tudo.
São momentos que ficam para sempre, por estar ao lado de um ícone da literatura 

Rio-grandense.
É simpatissíssimo e contador de piadas, o poeta, compositor e publicitário, nascido em 

Bagé/RS, em 1938. Rimos bastante com seus "causos".
Tenho também o seu "Pensamentos Azuis," de 1978, o primeiro que li do autor, e olhando

sua biografia,é impressionante sua obra, com livros de poemas, de temas gauchescos e 
também como dicionarista, É show!
Escolhi um que vesti a carapuça (aiaiaiai):
Fugas & Culpas, página 33.
Se a felicidade
não veio,
não se ponha a maldizer
o pão
e o vinho.

Sem agendas
ou mapas,
a felicidade se perde
a dançar
pelos caminhos.

Se os sonhos
naufragaram,
credite às ondas
e ao vento.

Se o amor
não deu certo,
a culpa é das flores
que nunca chegam
a tempo.

Procurando um pouco mais sobre este autor, achei no site de Antonio MIranda, vários regionais, selecionei este:
POLEIROS

A galinha nuvem-branca
pôs um ovo, lua cheia.
Uma ninhada de estrelas
na relva do céu passeia.
Galo-sol, penas doiradas
abre as asas, nasce a aurora.
As nuvens mudam de penas
quando a neve cai lá fora.
Nuvem-branca cobre a lua
ta chocando mais um pinto.
Madrugada tá clareando.
É mais um galo. Pressinto.

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