SER HUMANO
Marcia Mendes
"Quando eu pensar que aprendi a viver, terei aprendido a morrer."
Leonardo da Vinci
Ser humano...
Ser vivo, gregário por natureza, o bicho homem é diverso, subjetivo, errante, singular e indefinido.
É isso mesmo, somos tudo isso, mas de forma trágica. Vivemos na fantasia e no sonho. Abandonamos, com certa facilidade, a parte biológica, nossa vida instintiva, que marca todo organismo vivo, e, acabamos por não tomar conhecimento dos caminhos fornecidos por nossos mapas cerebrais, aquele conhecimento inato e dirigido pelos genes.
Somos capazes de assimilar coisas através daquilo que observamos, desprezamos as orientações de nosso corpo, e, nos apegamos apenas ao material aprendido. Grande equivoco!
Impossível nos apartar da vida natural, das contingências comuns, das realidades orgânicas. A transitoriedade, a falibilidade, a imperfeição e a diversidade, são características que nos fazem singulares; a linguagem, a convivência, o trabalho, o sonho e a fantasia, a vida e a morte, fazem parte de nossa natureza humana. São duas forças: a biológica e a psíquica. A primeira estabelecida há milhões de anos e a segunda empoderada por idéias, princípios e deveres, fruto da cultura, da educação e da vida social.
Admitirmos nossa humanidade com estas duas forças, ora em equilíbrio, ora uma sobrepujando a outra, pode traduzir uma vida com mais harmonia e bem estar.
Ser "indivisum in se", único, o uno que faz parte de um todo. A interdependência é um traço essencial que nos fez chegar até aqui, por isso criamos laços sociais fundamentais a nossa existência.
A única maneira de sermos humanos é em união, em com-vivência.
De outra forma, não somos.
Deixo aqui a voz do poeta Lenine, Vivo:
“Precário, provisório, perecível; Falível, transitório, transitivo; Efêmero, fugaz e passageiro Eis aqui um vivo [...]
Impuro, imperfeito, impermanente; Incerto, incompleto, inconstante; Instável, variável, defectivo
Eis aqui um vivo [...]
E apesar...
Do tráfico, do tráfego equívoco;
Do tóxico, do trânsito nocivo;
Da droga, do indigesto digestivo;
Do câncer vil, do servo e do servil; Da mente o mal doente coletivo;
Do sangue o mal do soro positivo;
E apesar dessas e outras...
O vivo afirma firme afirmativo
O que mais vale a pena é estar vivo! [...]
Não feito, não perfeito, não completo; Não satisfeito nunca, não contente; Não acabado, não definitivo
Eis aqui um vivo, eis-me aqui”.
06/12/2013
Marcia Mendes é psicóloga, escritora e poeta.
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1 Comentários
Eis-me aqui viva, precária, invisível, transitória, transitiva, maravilhoso Marcia!
ResponderExcluirPOEMEM-SE SEMPRE!
SEJAM BEM-VINDOS!