Abre a carta e amorosamente
a manuseia.
Lê cada palavra aos soluços
de quem a respeita
amando.
Concentra-se à vista dos lençóis
e na cama, ao mesmo tempo,
derrama uma lágrima posta
em uma das linhas
do papel.
À sua volta o quarto lhe é fiel.
À sua frente o quanto a espera
deitada ao seu lado
como sua já fora,
doce rainha e megera.
Ao apertar-se ao
travesseiro,
convencido de solidão,
vê sua vida desmoronar
derivando-lhe falta de coragem
para enxergá-la
ao invés da noite,
sem a saudade
à porta bater
e o teto acima rodar.
P.H.Frias
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