Depois de tudo

 

Depois de tudo (*)

 

Ao entardecer na minha janela

e o sol partir para o descanso,

abandono o rumo da passarela

e recomeço o caminhar manso.

 

Não é preciso a rapidez do dia

e nem o ar de quem se atrasou.

A hora é de marcar a harmonia

e se apossar do que nos restou.

 

Comemorar a troca de carinhos

e abrigar os sentimentos nobres

que se perderam nos caminhos.

 

Deixar fluir as emoções contidas

e abafadas nas discussões pobres

em que enterramos nossas vidas.


(*) marcinha

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