Á Flor da Pele (*) (**)
















Trago hoje no meu corpo os sons de
rimas de amores, encontros e fantasias.
Mas não só isto. Revelo marcas na pele
como se fossem tatuagens ou alegorias
do que já vivi, viverei e até me expele
para a possibilidade de novo cenário.

Nas emoções, ainda exponho cicatrizes
dos sentimentos, partidas e desarmonias.
Tudo ainda sangra. Tudo é muito recente.
          Reflexos de caminhos, acertos e deslizes.
             Fotografias em branco e preto e em matizes
      que acentuam os meus sinais e manchas.

            Ás vezes, sou apenas um corpo sem emoção,
       sem reflexo, sem vida, quase sem respirar,
   outras sou apenas uma pele sem recheio,
     quase desidratada, quase a se desmanchar.
Mas sempre e em qualquer situação,
            sou toda, inteira, indiscutível, dos pés à cabeça
Mero esboço de um poema à flor da pele.

(*) em homenagem aos 13 anos do Grupo Poemas à Flor da Pele
(**) Marcinha

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