Pendura e perdura (20/9/10) Verás os varais pelo planeta afora, Alguns dependuram difusas histórias: - Toalhas sujas, lençóis manchados, Burcas, fardas, camisolas... Verás secarem farrapos: - Roupas de seda e algodão egípcio. Algumas despontam sacrifícios, Pintam os adornos nubentes. Verás os varais internos Que penduram o ódio retido: - Enxuto, infecundo, rachado... Como as rugas do envelhecimento. Também verás os que penduram amores... De diversos calibres e cores, Sem importância do enxuto ou ensopado Vale o corpo que aqueceu algum dia. Nos varais Nos varais o ardente dos verões, Carros passam no asfalto emanando calor. Pobres pés descalços vão estender roupas, Loucos com seus vieses, variações e viagens. Varais com varas de bambu - apoiam-se... Chegam a confundir os olhos ligeiros, Quem estaria apoiando quem? Varais das Valerias e Veras, De coloridos poéticos, Eternidades efêmeras, Momentâneos de eras. Nos varais frígidos dos invernos, Casacos acenam com o vento, Na corda bamba do tempo, Nos confins dessa esfera. André Anlub
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