A esperança me recebe de pé


A esperança me recebe de pé

Na busca pela lucidez, deparei-me com teu farto sorriso,
Mesmo que escondido no retrato da folha de papel.
Sorri para uma lua de mel num céu limpo, solitário e mudo
E com olhos encharcados de escuro, nada mais pude ver.

Idealizo o beijo largo em sua calma boca;
Irrealismo é minha alma, sendo louca – pouca – desnuda.
Sentindo-me agora uma pluma que sem vento é só o que é,
Atravesso continentes a pé e dou ré no relógio inconcluso;
O tempo vira inimigo, mas a esperança me recebe de pé.

E assim vem uma pergunta: o que há de se fazer?
Assistir-me no espelho e ter medo de não me reconhecer?

Nada disso importa, sabemos que o momento jamais descansa,
E a cada dia nossa andança dá um passo além do alvorecer.

André Anlub®
(1/1/15)

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