AO MESTRE, POETAS
Olhar indiferente
Nariz lá nas alturas
Peito estufado
Ombros num sobe e desce
Braços em cruz, fechados
Mãos guardadas
Travadas
Não viu a beleza nos cantos
Não cheirou perfumados anjos
Nem corações aconchegou
Sem asas
Sem voo
Sem ninho
Sem aplausos
Tanto faz como tanto fez
Ah, seu mestre...
Esses poetas têm perfume doce, viu?
Têm coração inteiro nas palavras
Fazem morada em tantos cantos
Só para depois nos contar
Ah, seu mestre...
Esses poetas têm braços leves
Abraço apertado
Asas grandes
Ninhos quentes
Só para nos abrigar
Desculpe-me, seu mestre
Mas você ainda é aprendiz
Além de muitos palmos
Há grandes poetas diante do seu nariz
Aplauda-os!
1 Comentários
Bárbara!
ResponderExcluirPOEMEM-SE SEMPRE!
SEJAM BEM-VINDOS!