OUTONO
Da
janela, vejo ruas nuas
Pessoas
meio cruas
Gotas
geladas
Ora
chuva fina
Ora
geada
Tempo
revestido
De
novo cenário
Verde
adormecido
Grandes
desfolhadas
Bons
grãos escolhidos
Bocadinhos
brancos e leves
Polvilham
azaleias em florada
Umedecem
terras ressecadas
Noites
mais longas
Em
dias breves
Azul
muito mais profundo
Variados
tons do sol
Especiais
nuances
Róseos
crepúsculos
Inspirando
romances
Aqui
dentro, peles nuas
Desejos
se insinuam
Mãos
e pernas enroscadas
Ora
sono em conchas
Ora
grande revoada
Vivaldi
em notas perfumadas
Passeia
em nossos ouvidos
Envolvo-me
nos sabores e cheiros
Perco-me
em seus sentidos
Macia
nuvem em travesseiros
Sopros
mornos e a pele arrepia
Cortinas
fechadas, em segredo, espiam
Frescas
uvas em seu corpo ardente
Escarlate
aguardente
Que
sorvo bem devagar...
Então,
fico com suas cores
Aninho-me
em suas pétalas
Descanso
em seus sussurros
Adormeço
feito as flores
Que
esperam pela estação seguinte
Nilza
Murakawa
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