DIA DA POESIA - ORIGEM
Você sabia que a poesia nacional tem um dia no calendário
dedicado a ela? Pois bem, não por acaso, no dia 14 de março comemoramos o Dia
Nacional da Poesia.
Criada para difundir a poesia e a linguagem literária, a
data foi escolhida para homenagear um de nossos maiores poetas, Antônio
Frederico de Castro Alves, nascido na cidade de Curralinho (hoje Castro Alves),
em 14 de março de 1847. Castro Alves foi considerado um dos mais brilhantes
poetas românticos, responsável por uma nova concepção de amor na Literatura,
além de um notável entusiasmo por grandes causas sociais, como a abolição da
escravatura. Depois dele, muitos outros vieram, mas como grande poeta que foi,
teve seu nome perpetuado em nossa história, sendo, então, digno de reverências
e homenagens.
Nossa Literatura brasileira é profícua, sendo representada
magistralmente por grandes poetas que fizeram do ofício da escrita sua
profissão de fé. A poesia é uma das expressões artísticas mais populares e,
permeada por seu lirismo característico, arrebata leitores e penetra em
diferentes contextos, pois até mesmo diante da mais dura realidade pode nascer
um poema (e como eles nos comovem!). Para comemorar a data, selecionamos para
você belíssimos poemas de alguns de nossos maiores poetas que certamente o
farão ter vontade de revisitar a poesia também em outros dias, não apenas
quando avisar o calendário. Dos primeiros românticos aos poetas contemporâneos,
do Olimpo à pedra, do púlpito das igrejas à poesia social, dez poemas
brasileiros para você ler, reler e contemplar.
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Carlos Drummond de Andrade
Fonte: http://www.brasilescola.com/
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