Vim... Dois acontecimentos simultâneos trouxeram-me aqui: as letras em minha estrada e Soninha Porto!
Aos poucos pretendo me relacionar com os poetas e poetisas aqui presentes, e através de meus textos e poemas encetar um diálogo com todos os escribas do portal e seus inúmeros leitores... Hão de concordar comigo, que é muito bom ser chamado para um bom pé de conversa!
Assim, já nestas primeiras linhas, conclamo a todos para um dedinho de prosa... E de poemas!
- Sou um falador, mas também um ouvinte...
Vim... Mas de certa forma, o conceito Poemas à Flor da Pele sempre fez parte de mim...
Os poemas nascem em mim, após uma gestação sempre complicada, nascem em mim, com ares de encantamento e assombro... Nascem da minha calma, do meu desespero, de minhas tristezas e mágoas... Da minha solidão, mesmo estando dentre muita gente... Nascem das preocupações com outros, que pirografam na minha face sulcos profundos de tempo!
Meus poemas são reflexos dos momentos em que minhas emoções superaram a minha razão, momentos intensos, de certa instabilidade! Mas também, acredito que meus poemas são crônicas de um tempo, e de um estado de espírito, que alcançam plenitude somente com o contato com meus possíveis leitores...
O que escrevo, é meu somente enquanto eu formato, artesanalmente num poema... Mas que passa a pertencer a outros na medida em que a sensibilidade de cada um, pela colheita que sua leitura ativa lhes propicia, se apropria do que foi escrito!
Preocupa-me bem mais a mensagem que meus versos possam passar... Versos brancos e livres.
Procuro ser ao máximo fiel a mim mesmo, mas respeitando os meus diletos leitores...
Acredito que escrever é estar disposto a uma troca de energias, um entrelaçamento de sensibilidades... É um falar que busca ouvir a voz da sensibilidade de outros... E nos dias que correm, a voz que poderemos ouvir poderá ser rouca, tímida, ou poderá ser um grito, oriundo de entranhas acorrentadas em um sem número de circunstâncias... E acontecimentos!
Tem horas que a minha razão dá o olhar da graça, olhando de soslaio o mundo que me cerca, perscrutando os caminhos percorridos pela minha sensibilidade...
É nessas horas que descubro não ser o dono de verdades, nem que tenho respostas para tudo, é nestas horas que minha razão constata o quanto sou um aprendiz na vida e nas letras.
Assim, através de minhas letras tento me conectar a outros, que possam entrar em sintonia comigo... E a magia dos poemas está em encontrar esta sintonia. Pois os meus poemas ficam melhores com os meus leitores!
A Poiesis é fazer surgir, dar forma, aparentemente a partir do nada, é criar, é trazer a luz o que se fazia ocultar...
Assim, a poesia está em tudo e em todos!
Assim, quando escrevo um poema, dou forma a sentimentos e sensações, que embora me pareçam acabadas adquirem uma maior plenitude através da leitura de outros... Procuro assim entrar em um estado de comunhão com sensibilidades distintas ás minhas...
Assim, meus poemas são crônicas de momentos, circunstâncias e sensações! Meus poemas vem falar de amor, tocando em muitos momentos nos sonhos dos amantes, tocando nas dores que o amor faz nascer na gente, tocando na alegria que sentimos quando o amor encontra reciprocidade.
Mas, não me basta cantar o lirismo deste sentir... Tem horas que passo a divagar sobre o tema, encontrando em meu ser mais perguntas do que respostas... Mas, tenho seguido em frente...
Uma questão, no entanto não cessa de ecoar dentro de mim: Amar dói?
Parece que o amor da gente, nestes dias que correm esta embebido em dor... Em posse, existe acorrentado! Mas, sigo em frente!
O olhar das gentes que me cercam, têm horas que se apresentam embaçados, os pensamentos embaralhados, carecidos de direcionamentos... E a alma destas gentes, encarceradas, pouco tempo tem para notar a beleza em suas vidas, e o melhor em outro alguém... Amam nos outros, a si mesmos, não amam o que tem, mas o que desejam ter... Assim, sob o meu olhar, meus poemas mais questionam do que respondem, inquirem incessantemente, é uma procura por quem lhes ofereça uma resposta a contento...
Talvez aqui no Poemas à Flor da Pele, rodeado de tantas sensibilidades, as coisas mudem de figura, sob a ótica sensível e diversa que aqui se apresenta!
Falo de meus poemas, falo de outras gentes, numa generalização um tanto perigosa, mas que faz sentido se pensarmos que em um primeiro momento escrevem os poetas para si mesmos, com olhar fixo em suas musas, em seus desejos, anseios e sonhos... Mas para que o poema seja pleno de poesia ele precisa ganhar estrada, tocar outras gentes, fazer o seu próprio destino! Um poema numa gaveta, ou dentro do hd do computador não seria só um amontoado de palavras, por mais bem formatado que esteja, mas quando ganha ares, cumpre trechos de estrada, ganha sentidos, outros, vários, que o escriba que o concebeu nem imaginara...
Assim o poema se torna poesia! Assim, até esta crônica toma ares de poema, por tentar acessar a magia da escrita, e ao expor o que me move em escrever toca no que acredito dar o tom de poesia ás letras: Sentimentos, sensações que trazemos à flor da pele...
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2 Comentários
Edvaldo tais pensamentos são os meus pensamentos, acho que por isso nos unimos como uma grande irmandade a fazer poesia. Amigo teu texto dá impressão que você estava com um nó preso na garganta e as ideias vieram assim de roldão, maravilhosas aliás e compactuo com você, o poema só passa a existir quando toca o outro. Obrigada por vir, muito bem vindo na nossa família Poemas à Flor da Pele!
ResponderExcluirObrigado Soninha! O prazer é meu! Abraços fraternos sempre
ResponderExcluirPOEMEM-SE SEMPRE!
SEJAM BEM-VINDOS!