Quase uma Dama

Quase Uma Dama

Porto Alegre, madrugada de um dia qualquer.

“Qualquer” perde o sentido frente com a verdade:
madrugada em que retomo o ostracismo
num subsolo (semi coberto) do hotel onde me hospedava.

Quase uma dama (mantendo a elegância);
nas vizinhanças, Quintana.
Relembro seu quarto desarrumado
(cinzeiro, poesia e café).
Por aqui: cerveja, caneta, cigarro e papel.

Sentada na escada,
rotulo-me anárquica em meio aos Andradas.
Dispenso a lucidez:
senso diluído em espumante liquidez.

Que me critiquem os pudicos:
não queimarei nas fogueiras
por enfrentar desafios.
A minha loucura tem proposituras
que não se coadunam
com meias verdades!

©rosangelaSgoldoni
12 11 2013
RL T 4 568 606


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