Apresentação

Foi algures na Primavera que o meu (nosso) querido amigo Oswaldo Begiato teve a ousadia de propor o meu nome para este projecto e assim tomei conhecimento com a Soninha que, por sua vez ousou convidar-me agora para este fórum de cultura. Não sei lá muito bem o que ambos viram nas modestas linhas que alinhavo, mas decidi aceitar o desafio de vir aqui, com a regularidade que a inspiração, ou falta dela, ditar.
Assim sendo, deixem que me apresente. Sou Luís Pedro Miguel. Pronto é simples, já está. Nada mais importa que o nome que se nos cola á pele. Pouco mais somos que um nome, uma identidade. O resto? O resto é poesia no sentido que a poesia é uma simples emanação da realidade, e carece ser descoberta pelos demais, partilhada.
Para uns serei o Pedro, outros o Luís ou o Miguel mas, para a maioria, espero ser um companheiro de viagem. Um navegador deste lado do mar, pronto para achar terras novas e ser, sobretudo, achado!
Creio que nos vamos divertir com as palavras, como as crianças se divertem nas poças de chuva que agora cai abundantemente nesta terra junto ao mar. Vamos sorrir com as expressões que, em vez de nos separar, unem nesta imensa riqueza que é a língua de Camões, Pessoa, Machado de Assis, Vinicius…enfim de todos nós.
Imagino o ar de espanto se, ao referir-me a uma moça, usar a palavra rapariga, que aqui indica tão somente a primeira. Ou, infantilmente chamar um moço de puto, que nada mais é que uma criança. Procurarei aprender de vocês a vossa alma e partilhar um pouco da minha neste abraço transatlântico de uma pequena grande pátria á beira mar debruçada. Espero incutir-vos a curiosidade de saber um pouco mais deste país que “deu novos mundos ao mundo” e hoje muito carece de aprender do mundo, novos mundos.
Acima de tudo, amigos e companheiros, espero ser digno da missão que me é pedida e desde já vos prometo tudo fazer para não descuidar as expectativas.
Daqui partilharei sentimentos e ousadias, realidades e sonhos. Uns de modo próprio, outros por entrepostas mãos, que muitos somos os que, não sabendo como escrever o que sentimos, sentimos o que escrevemos, mesmo que pelas mãos ou voz de outrem.
Mais uma vez, um muito obrigado a todos. Agora, é hora de levantar ferro, largar as velas aos ventos e partir pelo mar das palavras, não com a certeza da chegada mas com a firme vontade de navegar pois, como diz a canção: “Navegar é preciso, viver não é preciso”

Luis Pedro Miguel


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