contemplado com menção honrosa.
Será lido numa tertúlia da Associação Portuguesa de Poetas no mês de março, em Lisboa.
Acordos, compromissos à revelia, enlaces de vidas: alianças agendadas traçavam destinos de príncipes e princesas, reis e rainhas. O amor confinado às alcovas sombrias! Traições em família, desafetos reais ou conjugais sem culpas residuais. Sensível fatalidade no correr dos trezentos, um amor imprevisto. Pedro príncipe, Inês e Constança, princesa e aia em comitiva. Famílias. Na boca do povo, filhos de lá, filhos de cá, Inês no convento. Alimentava-se das cartas de Pedro transportadas em barquinhos de lágrimas. Santa Clara testemunhava este amor. Morre Constança, desgosto, diziam. Pedro viúvo, amor consentido. Sorriam. Ah, o tempo! Encarregou-se do crescimento dos filhos. Os de lá e de cá (estes, bastardos). Sucessão em causa, faca, Inês é morta! Morte em vida que vivia em Pedro. Exagero? Cadáver rainha aos súditos proclamada. Túmulos que se atraem em transes de eternidade. Alcobaça por testemunha. Pedro e Inês, amor que ultrapassou as desilusões!
rosangelaSgoldoni
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