Nuvens novas (André Anlub - 31/1/16) Despontaram pela montanha: sonho, esperança, rebanho. Olhos se encharcaram novamente: na boca seca os poemas saem fanhos; As mãos alcançam o que outrora esteve atrás, Afagam, resguardam – todavia – o que agora está à frente. Em demasia os novos elos da corrente: nascimentos, novas falas; Almas virgens – desvirginadas; semente do afã que à mente abala. Atuação impecável, no futuro o tempo passado – o tempo presente; Força corriqueira que desce em paralelo: corredeira; Forca traiçoeira que sobe feito fumaça ao norte: morte. Pela janela nuvens de chuva se viam e serviam de cenário, O chá bem quente, a febre rente e ardente, O cheiro do campo descansa: quase um calvário. No pensamento sucinto, incondicionais certezas invadem: Há nuvens novas; há versos em pássaros; há fleuma na flor que nasce.
0 Comentários
POEMEM-SE SEMPRE!
SEJAM BEM-VINDOS!