Num tempo que desabrocha
O ontem manchou a face
e talvez criasse tal monstro
de um amor nostálgico
e sem identidade...
Perdido entre despeitos, intrigas e calafrios,
perpetuando-se no forte tempo e num corpo frágil:
- E pensavam que só a morte o dissiparia na eternidade.
No encalço de um pé descalço que anda sobre cacos de vidro...
(viu a lucidez divina, viu história e desenvoltura...)
Criou ampla escultura com o perdão alheio e latão impuro...
Fez-se o mais novo aluno, assíduo e frio, na escola da vida.
Tempos selvagens de trepidações na alma,
terremotos que cochicham ao ouvido - sondando a mente e despontando estradas:
- quero estar sozinho, quero leito e um copo de vinho.
- quero o som baixinho e as janelas e portas fechadas.
São altas as montanhas
e é incrível quão o sol (forte) é o clarão que habita no cume.
Há um tempo que desafia, e esquenta, e esfria, e desabrocha.
A simples flor torna-se mais que uma flor...
Torna-se nossa – ternura – torna-se lume.
André Anlub®
0 Comentários
POEMEM-SE SEMPRE!
SEJAM BEM-VINDOS!