“HENDECASSILABITÁLICO”
Trata-se de produção ao estilo contraposto às formas rígidas do soneto
petrarqueano com versos de onze sílabas métricas, único verso designado
por ‘Arte Maior’ usado pelos poetas do Cancioneiro Geral de Garcia de
Resende. Segundo Jacinto Prado Coelho, em seu Dicionário de Literatura,
"No Cancioneiro Geral de Resende, onde triunfa a redondilha, só se
encontra um verso de arte maior.
Trata-se de um ritmo especial, cuja voga se limitou ao século XV, mas
que ainda se encontra em Gil Vicente (séculos XVI), composto de versos
de dez e onze sílabas". Sua designação, na prática, incluía todos os
versos com mais de sete sílabas. Mas os poetas do Cancioneiro Geral de
Garcia de Resende utilizaram exclusivamente, como verso de arte maior, o
de onze sílabas, pelo que esta designação acabou por se referir
exclusivamente ao verso hendecassilábico, que se veio depois a tornar
raro na poesia portuguesa..." Com o triunfo renascentista do verso
decassílabo italiano, usado abusivamente por Francesco Petrarca (século
XIV) e moderadamente por Camões (século XVII), o verso de onze sílabas
caiu em desuso. O exemplo contestatório que estamos oferecendo como mote
rítmico flexível do último verso dos quartetos e tercetos do soneto
“HENDECASSILABITÁLICO”: – "E moyr'eu, Senhor, por me d'eles partir" –
constitui uma glosa em português arcaico em contraposição ao latim
‘volgare’ ao engessamento do soneto praticado pelo ‘Senhor dos Sonetos’
(Petrarca) tipo exportação. O hendecassilabitálico que lançamos é um
cântico lírico (o que era inadmissível no soneto decassílabo da escola
petrarqueana) composto supostamente por um cavaleiro templário
sobrevivente dos campos de batalha (os campos de batalha da vida) que
regressa suplicando o direito à paz e à liberdade, em nome do bem comum
maior atribuível ao ser humano: o amor. No soneto “hendecassilabitálico”
que compus, dei nítida preferência a que a cadência, a tonicidade
interna e a sonoridade recaíssem sobre as 2ª, 5ª, 8ª e 11ª sílabas de
cada verso. Afonso Estebanez Stael.
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