Sem febre


Sem febre
(André Anlub - 16/1/16)

Sem febre, em frente, mas em chamas; 
Ontem era frio e duro como uma pedra de gelo,
Hoje estou quente e flexivelmente recorrente...

É a tal inexplicável cautela absurda ao zelo.

Haviam visões tumultuadas e desfocadas 
De bocas pedindo ajuda em ruas em combustão;
Haviam águas de mágoas imaculadas em nada
Escapavam em assombrações pelas mãos...

Inexistentes mãos.

Mas hoje é, acima de tudo, um dia bom – com nexo;
Se ocorreu um terremoto, não fez qualquer ser vivo perder o foco.

Mas se o que foi ontem foi suspiro de começo de sexo?
Talvez troca de olhares, carícias repetidas e as bem-vindas inéditas;
E névoas e neves e nuvens que meramente vão e vem;

Agora, no momento, tudo se foi no vácuo de um vício eterno...
Esse meu e seu de rir do hoje que amanhã será ontem
E no futuro, eu ou você talvez sejamos: outrem. 

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