Gabriel José García Márquez , escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano.
Nascimento: 6 de março de 1927 (87 anos), Aracataca, Colômbia
Cônjuge: Mercedes Barcha (desde 1958)
Filmes: O Amor nos Tempos do Cólera, Eréndira, mais
Filhos: Rodrigo García, Gonzalo García Barcha
Irmão: Jaime Garcia Marquez
Morreu nesta quinta-feira, 17, o escritor colombiano Gabriel García Márquez, aos 87 anos, na Cidade do México, de acordo com o jornal El País. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas, no fim de março, ele foi internado para tratar de um quadro de desidratação e um processo infeccioso pulmonar e de vias urinárias, recebendo alta no dia 8 de abril.
Vencedor do Nobel de Literatura de 1982, buscou o preciosismo literário em seu livro mais ambicioso, Cem Anos de Solidão, de 1967. Poucas obras na literatura universal conseguem ser, ao mesmo tempo, tão encantadoras e perturbadoras e grudar de modo tão intenso na cabeça das pessoas – muitas delas, por oda a vida.
Quando perguntaram ao escritor Gabriel García Márquez o segredo que o transformou no último grande contador de histórias do século 20, ele disse que “apenas” tentava imitar o tom com que sua avó materna lhe contava episódios dos mais fantásticos sobre sua família e pessoas próximas ou da comunidade onde nasceu, na cidadezinha de Aracataca, ao norte da Colômbia.
García Márquez escreveu um romance para não esquecer jamais. Seu texto longo, denso, trata de um século na vida da família Buendía, na cidade fictícia de Macondo, da sua fundação até a sétima geração.
Personagens peculiares se sucedem, nomes se repetem entre eles e todos têm seu momento de brilho, até ser ofuscado pelo sucessor e apagar lentamente, como uma estrela, ou mesmo uma vela de sete dias. Até morrer. Seu romance é isso: um impressionante retrato da existência, da brevidade da vida, do modo como se põe tudo a perder e a única certeza antes da morte é a companhia fria e cruel da solidão. Assim, estabeleceu uma infinidade de personagens trágicos, marcados pelo silêncio sutil do desespero que nos acompanha por toda a vida diante das incertezas do destino e a proximidade cade vez maior da morte, a cada dia vivido.
O escritor dizia que se inspirara em Pedro Páramo, do mexicano Juan Rulfo, para escrevê-lo – sobre um rapaz que vai em busca do pai e encontra uma cidade em que todos os moradores morreram e viraram fantasmas. Mas pode ter sido influenciado também por Fogo Morto, a obra-prima do brasileiro José Lins do Rego. Não importa. É um romance único, monumental.
"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança"
"Deixe que o tempo passe e já veremos o que ele traz".
"Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se."
"Tudo é questão de despertar sua alma."
"Te amo não por quem tu és, mas por quem sou quando estou contigo."
"Não posso calcular a quantidade de dissidentes que ajudei, em silêncio, a emigrar de Cuba. Basta-me a tranquilidade de minha consciência."
"O segredo de uma boa velhice não é outra coisa além de um pacto honrado com a solidão."
"O problema do casamento é que acaba todas as noites depois de fazer amor, e tem que ser reconstruído todas as manhãs antes do café."
"Eu escrevo para que as pessoas queiram mais. Esta é uma das aspirações fundamentais do escritor"
"Depois que faço em meus romances a última leitura, eles já não me interessam. O livro é como um leão morto"
"Quando não escrevo, morro. Quando escrevo, também"
"Como escritor me interessa o poder, porque ele resume toda a grandeza e a miséria do ser humano"
Fonte: http://www.estadao.com.br
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